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Após câncer raro, mulher tem o ânus e a vulva amputados

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Reprodução/X/ginathornton67

Após anos de dor tratada como doença benigna e até ser aconselhada a colocar DIU, mulher tem de passar por cirurgia radical contra o câncer

A inglesa Gina Thornton viveu por anos com coceiras e dores em sua região íntima, que ela descreveu como “uma sensação constante de que eu estava pegando fogo”. Apesar de buscar apoio médico e passar por uma série de procedimentos em busca de alívio, incluindo a implantação de um DIU, ela só descobriu muito tarde que o sintoma ignorado pelos médicos tinha origem em um câncer.

A dona de casa vivia há quase 10 anos com diferentes diagnósticos de doenças inflamatórias e infecções no sistema reprodutor, mas descobriu que a piora de sintomas que havia sentido era fruto de um câncer que havia se espalhado por toda região pélvica. O tumor a levou, em 2024, a uma cirurgia radical que amputou o ânus, o períneo e a vulva dela.

Uma vida de diagnósticos

Os sintomas começaram quando ela tinha 46 anos, em 2016. Com as menstruações cada vez mais irregulares e com a vulva constantemente inchada, ela foi diagnosticada com endometriose. E também foi tratada para candidíase, uma infecção fúngica comum na vagina.

Os sintomas, porém, seguiam e ela ainda foi diagnosticada, poucos meses depois, com líquen escleroso, uma doença de pele inflamatória que causa manchas com coceira, geralmente ao redor dos genitais.

Por alguns anos, ela conseguiu administrar os sintomas a partir dos tratamentos feitos para estes diagnósticos. Em 2024, porém, os sintomas pioraram e ela passou a sentir coceira e a sensação de queimação contínuas, a ponto de não conseguir dormir.

“Eu sentia minha vulva muito inchada e apesar de fazer o tratamento corretamente, eu sentia a pele sempre inflamada, minha nádega estava dura como pedra e a dor só piorava a ponto de eu mal conseguir andar e passar noites em claro”, lembra Gina em entrevista ao The Sun.

Diagnóstico tardio e confirmação do câncer

Com agravamento dos sintomas, Gina, então com 57 anos, foi encaminhada para colocação de DIU hormonal para tentar diminuir os sintomas. A medida resultou em crises mais intensas e aumento da sensação de queimação. Foi só após a precoce retirada do dispositivo que exames de imagem comprovaram a causa do novo incômodo: câncer vulvar em estágio inicial.

“Meu coração afundou quando me disseram que era câncer. Mesmo tendo sido detectado precocemente, eu sabia que minha vida estava prestes a mudar para sempre”, afirmou. A descoberta só veio depois de, em março de 2024, surgir um pequeno rasgo próximo à parte inferior da vulva.

A lesão evoluiu rapidamente para cisto doloroso e depois se rompeu. Após semanas de investigação e biópsia, confirmou-se câncer de vulva em estágio 1B em decorrência de uma infecção por HPV. O estágio 1B indica tumor maior que 2 centímetros.

Câncer da vulva e tratamento drástico

O câncer vulvar é considerado raro, um tipo de câncer ginecológico que afeta a região externa do sistema reprodutor feminino. Ele ocorre em média com 2 mulheres a cada 100 mil pessoas. Em 2022, no mundo foram 47 mil mulheres diagnosticadas e 18 mil morreram em decorrência deste tumor segundo dados do Globocan do IARC/OMS.

Em novembro de 2024, Gina passou por uma anovulvectomia. O procedimento removeu vulva, períneo e ânus para evitar o espalhamento do tumor. “Fiquei devastada”, diz ela. “Tinha pavor de nunca mais ter uma aparência normal, mas eu não tive outra escolha a não ser fazer essa cirurgia. Minha ginecologista me disse que, se eu não fizesse isso, iria morrer.”

O pós-operatório

O resultado cirúrgico foi considerado bem-sucedido. Após a cirurgia, não houve indicação de quimioterapia nem radioterapia. Gina passou a usar bolsa de estomia para coleta de resíduos já que tinha retirado a terminação do sistema digestivo. Desde então, ela tem buscado se adaptar, mas agora sem dores ou coceiras.

A cirurgia conseguiu preservar boa parte de suas estruturas íntimas. “Ainda tenho meus lábios vaginais e clitóris; estão escondidos, mas ainda funcionam.”

Ela e o marido voltaram a ter relações sexuais quatro meses após as cirurgias. “Honestamente, a sensação é ainda melhor. Colin me apoiou e me garantiu que nada jamais mudaria. E foi bom sentir esse amor”, conclui.


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