
Em reunião nesta semana, o diretor da autarquia afirmou que o executivo já conversa com o governo estadual sobre a transição.
São Mateus – A convite da Câmara de Vereadores, o diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Renê Kherlakian, participou de uma reunião no parlamento municipal. Em pauta, as reais condições da autarquia, seja de atendimento das pequenas necessidades a grandes investimentos como a solução do abastecimento de água potável.
Segundo Renê, já tramita entre a prefeitura de São Mateus e o governo estadual, a possibilidade de transição de Saae para Cesan. “O vice-governador Cézar Colnago apresentou ao prefeito Daniel quatro opções: manter o sistema como funciona hoje, passar 100% dos serviços para a iniciativa privada, 100% para empresa pública estatal ou o sistema misto, que divide os serviços entre estatal e privada. A escolha do prefeito foi categórica. Ele quer a elevação de Saae para Cesan e diante disso já estamos fazendo os estudos necessários”, declarou.
O presidente do legislativo, Carlos Alberto Gomes Alves (PSB), ressaltou que qualquer discussão a cerca do assunto precisa ser tratada com a Câmara de Vereadores. “O Saae não sairá do município para mão de qualquer empresa privada ou estatal sem autorização da Câmara. É uma matéria de 2/3 e precisa de oito votos, que vão surgir naturalmente desde que não penalize o servidor do Saae”, frisou.
Os vereadores demonstraram preocupação também com relação a tarifa de água, que pode passar dos atuais R$12,33 para R$20, caso a proposta do Executivo se concretize.
Francisco Amaro de Alencar Oliveira (PTdoB) ponderou que a solução para o problema do abastecimento da cidade com água potável precisa ser construída de forma coletiva. “Vamos propor audiências públicas e apresentar para a população o que o município pretende fazer. De qualquer forma, qualquer tipo de concessão precisará ser normatizada pela Câmara no que diz respeito, por exemplo, ao valor da tarifa que pode vim a ser praticada, o tratamento com os servidores efetivos do Saae e quais serão os investimentos a curto prazo para resolver o problema”.
Renê afirmou que nem com todos os ajustes necessários para aumentar a arrecadação, o Saae terá capacidade de se autossustentar. “Hoje não conseguimos sequer, trocar as válvulas, quem dirá mudar o ponto de captação, que gira em torno de R$60 milhões”, salientou.
130 funcionários compõem o quadro de colaboradores efetivos do Saae, entre ativos e inativos. Renê adiantou que em caso de concessão, a autarquia deve promover o Programa de Demissão Voluntária (PDV).