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Transou essa semana? Ciência tenta calcular frequência ‘ideal’ para o sexo

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Imagem: picment - stock.adobe.com

Volta e meia, a ciência se debruça sobre o sexo tentando entender o que nos faz mais felizes, saudáveis ou satisfeitos.

Uma pesquisa recente publicada na Journal of Affective Disorders analisou os dados de quase 16 mil adultos norte-americanos para investigar se existe uma frequência sexual ideal capaz de proteger a saúde mental.

E a resposta, segundo os pesquisadores, é sim: fazer sexo uma ou duas vezes por semana está associado a uma redução significativa nos sintomas depressivos — especialmente em pessoas jovens e de meia-idade.

Segundo os autores, esse intervalo parece otimizar o efeito protetor da atividade sexual sobre o bem-estar emocional. Menos que isso pode ser um sinal de alerta, e mais que isso… não melhora tanto assim.

O estudo analisou dados coletados entre 2005 e 2016 por um grande inquérito nacional de saúde nos Estados Unidos, usando medidas confiáveis para rastreamento de depressão. Mesmo após ajustar fatores como idade, saúde física e condição socioeconômica, os resultados permaneceram consistentes: a prática sexual semanal esteve associada a uma redução de 24% nas chances de depressão, com um efeito de “saturação” entre uma e duas vezes por semana.

Mais que isso não trouxe vantagens adicionais. Curiosamente, o efeito protetor foi mais evidente entre jovens adultos e pessoas sem acesso a plano de saúde — o que pode dizer muito sobre o papel do prazer num cotidiano atravessado por precariedades.

Os autores, no entanto, são cuidadosos em não criar fórmulas mágicas. O estudo é transversal — ou seja, os dados foram coletados em um único momento — o que impede conclusões definitivas sobre causa e efeito. Não dá para saber se a depressão reduz a frequência sexual, se é o contrário, ou se há outros fatores em jogo.

Além disso, a atividade sexual foi autorrelatada, o que pode gerar distorções por memória imprecisa ou desejo de parecer “normal”. Faltaram também as correlações com dados sobre orientação sexual, qualidade da relação e satisfação afetiva — elementos que, sabemos, influenciam tanto o desejo quanto o humor. Ou seja: a ciência indica caminhos, mas não entrega mapas prontos. E quando se trata de sexualidade, cada corpo carrega seu próprio roteiro.

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Aliás, fica a pergunta que os autores não exploraram, mas que é inevitável para quem conhece os efeitos bioquímicos do orgasmo: será que o mesmo benefício valeria para a masturbação regular? Afinal, a liberação de endorfinas, dopamina e ocitocina também acontece no prazer solitário. Será que o corpo precisa do outro para florescer emocionalmente — ou basta o encontro consigo mesmo?

A ideia de que o sexo regular pode ser benéfico para a saúde mental não é exatamente nova. Em 2015, a psicóloga social Amy Muise já havia publicado um estudo na Social Psychological and Personality Science mostrando que casais que fazem sexo uma vez por semana tendem a relatar mais felicidade do que os que transam menos.

Mas, curiosamente, aumentar a frequência não trazia ganho proporcional. Em outras palavras, a felicidade sexual não parece funcionar na base do “quanto mais, melhor”.

Parece haver um ponto de equilíbrio: quando o sexo acontece com alguma regularidade, mas sem virar uma obrigação ou uma meta de desempenho.

Talvez a pergunta não devesse ser “quantas vezes por semana é o ideal?”, mas sim “o quanto isso faz sentido pra você?”. Porque o risco é entrar numa nova normose — agora cientificamente embalada — onde quem transa menos de uma vez por semana se sinta abaixo do esperado, mesmo estando satisfeito.

É claro que a ciência nos ajuda a entender padrões e relações, mas a intimidade ainda escapa às métricas. Nem tudo que pulsa se mede. E nem toda felicidade está nos lençóis, mas no que fazemos com eles — inclusive fora da cama.

E talvez valha lembrar o que outro estudo — esse publicado no Archives of Sexual Behavior — apontou ao longo de 13 anos com casais: os mais felizes não eram os que transavam mais, mas os que tinham uma vida sexual satisfatória e uma vida emocional calorosa.

Talvez seja isso. Não é a frequência, mas o calor. O carinho fora da cama que aquece o que se vive nela.

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