Tapa no sexo | Como explorar o fetiche de forma segura e prazerosa

A prática do tapa no sexo, também conhecida como palmada erótica, pode ser uma maneira divertida e consensual de explorar novas sensações e dinâmicas de poder no quarto — desde que haja diálogo, consentimento e cuidado.

O que é o tapa no sexo?

As palmadas consistem exatamente no que o nome sugere: palmadas consensuais em partes específicas do corpo, geralmente no bumbum. Podem ser dadas com a mão, com acessórios eróticos criados para esse fim ou, para os mais experientes, com chicotes leves dentro do universo BDSM.

Embora despertem curiosidade, as palmadas estão entre as práticas sexuais mais controversas. Há quem as ache excitantes e sensuais, enquanto outras pessoas as consideram desconfortáveis ou dolorosas. Apesar das opiniões divididas, trata-se de um dos fetiches mais comuns entre casais.

Além de estimular o erotismo, a palmada pode ser uma forma acessível e segura de experimentar dinâmicas de dominação e submissão, sem a necessidade de acessórios sofisticados.

O que dizem os especialistas

A sexóloga Alessandra Araújo explica que explorar fetiches como o tapa no sexo exige cuidado, diálogo e consentimento mútuo.

“Para que a experiência seja prazerosa e segura, é fundamental que ambos os parceiros estejam na mesma página, respeitando limites e construindo uma base de confiança”, afirma.

Como conversar sobre o assunto

Falar sobre desejos e fantasias pode gerar vergonha ou desconforto, mas o diálogo é essencial.

“A exploração deve começar com uma conversa aberta e honesta fora do quarto. É importante que ambos expressem seus desejos e limites sem julgamento, discutindo a intensidade dos toques e as áreas do corpo que estão liberadas”, orienta a especialista.

Alessandra também destaca a importância de definir uma palavra de segurança — um código simples, fácil de lembrar e impossível de confundir com sons de prazer. Essa palavra serve para sinalizar, de forma imediata, que é hora de parar ou reduzir a intensidade.

Durante a prática

“Comece devagar”, recomenda a sexóloga. “Inicie com toques leves e vá aumentando a intensidade gradualmente, observando sempre as reações do parceiro. O objetivo é causar excitação, não dor.”

Durante o ato, a comunicação deve continuar: perguntas como “Está bom para você?” ou “Quer mais forte?” ajudam a manter o clima e garantem que o prazer seja mútuo.

“A exploração deve ser um processo de descoberta conjunta, onde o feedback e a atenção aos sinais do corpo são tão importantes quanto a prática em si”, reforça Alessandra.

Segurança em primeiro lugar

Em qualquer relação sexual, o consentimento é a base de tudo. No universo BDSM, é comum discutir previamente os atos desejados e aqueles que devem ser evitados, garantindo que ambos estejam confortáveis e conscientes do que vai acontecer.

Os riscos podem ser físicos ou psicológicos, e a maioria surge da falta de comunicação.

“Fisicamente, a palmada pode causar hematomas, inchaço e, se aplicada com força excessiva ou em locais inadequados, pode gerar lesões nos tecidos moles. Regiões como cabeça, pescoço, rosto, lombar e rins devem ser evitadas, pois o impacto nelas pode ser perigoso”, alerta a profissional.

O risco psicológico, segundo Alessandra, é ainda mais delicado:

“Quando o consentimento é desrespeitado ou a palavra de segurança é ignorada, o que deveria ser um fetiche saudável se transforma em agressão. Isso pode gerar traumas emocionais, ansiedade e até aversão ao sexo.”

“A linha que separa o fetiche do abuso é fina e depende totalmente do respeito, da segurança emocional e da capacidade de parar imediatamente quando um limite é sinalizado”, conclui a especialista.

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