De acordo com a polícia, os criminosos não só mantiveram o casal refém por uma noite em locais separados, como também forçaram o gerente a ir até a agência bancária e sacar uma alta quantia em dinheiro para que sua namorada não fosse morta.
As prisões foram feitas pela Polícia Militar na madrugada desta quarta (8). Os suspeitos foram encontrados no trevo de Campinho, no município de Domingos Martins, quando tentavam fugir do Espírito Santo em direção a Minas Gerais.
Com eles, foram encontrados R$ 150 mil, que eram parte do pagamento feito pelo gerente do banco para o resgate de sua companheira.
Os suspeitos Charles Dias da Rocha Sobrinho, conhecido como “Nordestino”, e Flávio Aparecido Ferreira já tinham passagens pela polícia.
Outros três suspeitos de terem participado do sequestro ainda estão foragidos.
O sequestro
De acordo com o superintendente de Polícia Especializada, delegado José Lopes, por volta das 21h30 da segunda, cinco criminosos invadiram a casa do gerente do banco e renderam ele e sua companheira.
Os dois foram levados para um cafezal da região. Na sequência, foram separados. A mulher foi levada para um casa, enquanto o gerente permaneceu no cafezal.
“No dia seguinte, eles levaram o gerente para a casa dele e disseram que ele deveria ir ao banco tranquilamente e colocar o dinheiro em sacos de lixo e eles iriam passando as informações do telefone dela (da companheira do gerente). Ele fez o combinado, sempre escoltado por um veículo de longe. No meio do caminho, mandaram ele jogar o saco na BR-101 e ir embora”, explicou José Lopes.
A quantia total levada pelos sequestradores não foi informada pela polícia. Após a fuga dos criminosos, a mulher foi libertada no Morro do Moreno, em Vila Velha, na Grande Vitória.
Sequestradores tentaram enganar a polícia
A notícia do sequestro foi informada pela diretoria do Banco do Brasil à Delegacia Especializada Antissequestro (DAS) no mesmo dia.
A partir de então, segundo José Lopes, as polícias Civil e Militar e Rodoviária Federal iniciaram um trabalho de investigação em busca dos suspeitos. Foi a partir disso que dois deles foram localizados, conforme explicou o comandante do 6º Batalhão Independente da PM em Domingos Martins, major Edinei Balbino.
“Recebemos a informação, via diretoria de inteligência da PM, que uma caminhonete prata poderia estar prosseguindo pela BR-262 e fizemos um cerco no trevo de Domingos Martins. Quando o veículo chegou na região, eles tentaram dar um drible, mas foram abordados na ES-465, na entrada de Domingos Martins”, contou o major.
Ao serem abordados pelos militares, os suspeitos tentaram enganar a polícia. Segundo major Edinei, eles afirmaram que haviam conseguido os R$ 150 mil por meio da venda de uma casa em Minas Gerais.
Disseram que estavam visitando parentes no Espírito Santo e que estariam voltando para Minas.
No entanto, vários pontos de contradição foram percebidos. Um deles foi o fato de os suspeitos não conseguirem desbloquear um dos três celulares que possuíam. O aparelho pertencia à mulher sequestrada.
“Fizemos então contado com a Delegacia Antissequestro e conduzimos eles e o material”, disse Edinei.
(*G1)