Com o objetivo de mostrar a área que a água alcançaria dentro das propriedades ribeirinhas, ao longo do Córrego Bamburral, e ultimar as discussões em torno de uma solução para a questão da água salinizada em São Mateus, a Associação Empresarial do Litoral Norte (Assenor) reuniu produtores rurais na tarde desta quinta-feira (5), para apresentar levantamento planialtimétrico dentro da proposta de construção de uma barragem no manancial.
De acordo com o presidente Natan Beltrame, o projeto planialtimétrico foi desenvolvido pela empresa Tinoco Engenharia, que detalhou que o local da barreira, em primeira opção, fica a 955 metros da ponte da BR-381. Outra opção fica a 2,5 quilômetros da ponte. O presidente da Assenor reforça que a barragem está projetada para 10 metros de lâmina no início e impactaria áreas de aproximadamente 40 produtores rurais, em seis quilômetros de córrego.
Natan explicou que a reunião desta quinta-feira (5) era continuidade de outra que a Assenor já realizou com os produtores, em 28 de fevereiro de 2018, para explicar a proposta da entidade de barragem no Bamburral, com intuito de suprir as necessidades dos ruralistas e de abastecimento da população urbana. Ele lembra que os produtores pediram na época um estudo de como seriam impactados.
O presidente da Assenor adianta que será feito um relatório de cada situação apontada pelos produtores nesta quinta-feira (5), contrários ou favoráveis à barragem, para encaminhamento aos poderes Executivo e Legislativo, para darem seguimento à proposta. “Podemos continuar acompanhado, ajudando. Este projeto planialtimétrico a gente conseguiu graças ao apoio de mantenedores e do Sicoob. Conseguimos 108 mil reais, fizemos o estudo planialtimétrico e, se caminhar, podemos bancar outros projetos por esses recursos” – ponderou.

PRODUTORES
Os produtores chegaram à reunião demonstrando ansiedade. Ilailson Gonçalves Campos entende que a barragem é benéfica para a classe e para a população urbana. Entretanto disse que está preocupado com os impactos. “Eu e vizinhos temos uma área muito plana na beira do córrego, e com essa barragem vai afetar mais da metade dessas pequenas propriedades. A gente vem ouvir para depois analisar e participar da discussão. O importante é chegar a um denominador comum, em que todos saiam beneficiados” – sustentou.