“Nós percebemos que era golpe, porque quando pedimos o comprovante, ele mandou um ‘print’ como se fosse de um extrato. O que não justifica, não é o comprovante. Quando a gente pediu, ele não mandou e mandou cancelar. Por que ele cancelou se já tinha feito o pagamento?”, disse a Kellen.
No pedido, estavam dois combos especiais, que incluíam: oito x-saladas, seis cachorros-quentes (kikães), uma batata frita especial e dois refrigerantes de 1,5L. O total deu R$ 164. O suspeito teria mandado primeiro uma foto com o extrato de R$ 159 e depois outra com R$ 5.
A vingança
Inspirados por um vídeo, que viralizou nas redes sociais, em que uma pizzaria em Teresina (PI) mandou entregar uma pizza e um refrigerante “falsos”, para se vingar de uma tentativa de golpe do ‘Pix Falso’, no valor de R$ 55, Kellen teve a ideia de fazer a mesma coisa em vez de mandar o pedido, mandou lixo para o golpista.
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“Quando eu vi que era realmente um golpe, eu falei ‘vamos devolver o dinheiro para você’, para pegarmos o CPF dele. Ele ainda falou “vai devolver mesmo?”. Mas como íamos devolver uma coisa que não tinha caído na nossa conta? Conferimos e vimos que não tinha nada lá, que era um golpe. Ai eu falei ‘vamos continuar na onda dele, continuar com o pedido’. Como não íamos mandar massa de pizza sem nada, por conta do desperdício, decidimos colocar lixo na caixa, com pedra, como se fosse o pedido dele”, contou a publicitária.
O entregador da pizzaria levou o pedido até a casa do suposto golpista, que questionou onde estava os refrigerantes, que respondeu que iria retornar ao estabelecimento para buscar. Segundo o funcionário, o suspeito era um jovem com menos de 20 anos.
O golpista não entrou contato com a pizzaria novamente para reclamar do que foi entregue.
Boletim de Ocorrência não foi registrado
A responsável pelo marketing da pizzaria revelou que eles não fizeram um Boletim de Ocorrência (BO) informando sobre o crime. Entretanto, Kellen acredita que deveriam ter feito, mas não se atentaram.
“A gente não se atentou na hora, deveríamos ter feito um BO e comunicado a polícia para acompanhar, esse é o procedimento certo. Mas assim, a vida do empreendedor, principalmente, de restaurante, é tão corrida que a gente nem pensou. Agora não sei se será feito ou não”, disse Kellen.
Apesar da vingança ter sido como forma de lição para o responsável pelo pedido, Kellen acredita que isso não mudará a atitude do suspeito e que em breve deve pensar em novas formas de aplicar o golpe.
“Acho que agora ele só vai mudar de alvo, talvez outros aprimorem e achem outra forma de aplicar o golpe. Porque, para quem não tem vergonha, você pode fazer o que for e a pessoa continua não muda, então, acho que não vai adiantar muita coisa. Fica o alerta”, finalizou.
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