Morre bebê que foi retirado do próprio velório após chorar no caixão

O bebê que surpreendeu familiares ao chorar dentro do próprio caixão, momentos antes de ser sepultado, morreu na madrugada deste domingo (26), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco, no Acre.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o óbito foi registrado às 23h15 de sábado (25) em decorrência de choque séptico e sepse neonatal.

O caso ganhou repercussão nacional após relatos indicarem que, durante o velório, uma parente percebeu que o bebê — dado como morto — apresentava sinais vitais e chorava. A funerária, que já havia retirado o corpo para o sepultamento, interrompeu o procedimento, e o recém-nascido foi levado de volta à maternidade.

Segundo a Sesacre, o parto ocorreu de forma normal na Maternidade Bárbara Heliodora. Após o nascimento, o bebê não apresentou sinais vitais e foram seguidos todos os protocolos de reanimação, mas sem sucesso aparente. O óbito foi então confirmado e comunicado à família.

Cerca de 12 horas depois, já fora do hospital, familiares notaram que o bebê respirava e chorava. Ele foi levado novamente à maternidade, recebeu atendimento emergencial e foi colocado em incubadora, com suporte ventilatório e monitoramento contínuo.

Devido à prematuridade extrema, os médicos optaram por não realizar a transferência para outra unidade, diante do alto risco de agravamento do quadro clínico.

A Secretaria de Saúde lamentou a morte e afirmou, em nota, que “neste momento de imensa dor, expressamos nossa solidariedade e respeito à mãe, ao pai e a todos os familiares, desejando que encontrem conforto e acolhimento diante dessa perda irreparável”.

CRM vai investigar o caso

O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) informou que instaurará uma sindicância para apurar as circunstâncias do ocorrido na Maternidade Bárbara Heliodora.

O órgão destacou que a investigação será conduzida “com rigor e imparcialidade”, dentro dos parâmetros legais e éticos da profissão médica, e que o processo tramitará sob sigilo processual, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional do Conselho Federal de Medicina.

O CRM-AC reforçou ainda seu compromisso com a ética médica e com a proteção da vida, assegurando que todos os procedimentos necessários serão adotados.

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