Primeiro edital para o programa Mais Médicos foi criado em novembro após a saída dos médicos cubanos
Os médicos brasileiros formados no exterior, mas sem registro, no país terão os dias 13 e 14 para fazer inscrição nas vagas em aberto do programa Mais Médicos
. Os candidatos deverão entrar no site do programa e indicar em quais municípios desejam realizar o atendimento à população.
O processo ocorrerá na próxima semana. No dia 13, o Ministério da Saúde irá divulgar os municípios com vagas remanescentes dos Mais Médicos
. Nos dois dias seguintes, os médicos que obtiveram diplomas no exterior, mas não têm registro no Brasil escolherão a cidade de sua preferência entre as que disponibilizaram vagas.
No dia 19, será divulgada a lista dos inscritos, das vagas ocupadas e dos municípios contemplados. De acordo com o Ministério da Saúde
, os profissionais sem registro vão passar por um “módulo de acolhimento”, onde serão oferecidas aulas e haverá avaliação pela equipe do programa, com aplicação de exames e outras formas de verificação da condição de atuação dos inscritos.
Há aproximadamente 1.500 vagas em aberto, segundo o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado no dia 15 de janeiro.
#MaisMédicos
| @minsaude
divulgará, em 19/02, lista completa dos profissionais alocados em cada cidade. Os profissionais alocados nesta etapa, que não tiverem o Registro do Ministério da Saúde (RMS), realizarão um módulo de acolhimento. Saiba mais https://t.co/qjdQM99tXHpic.twitter.com/dIPb5HMKLO
Das 8.517 vagas abertas com a saída de Cuba
do acordo de cooperação que viabilizava a presença de profissionais daquele país no programa, foram realizadas novas chamadas nas quais as vagas foram ocupadas por 7 mil médicos com registro no país até o momento da atualização.
As inscrições para o programa Mais Médicos
foram abertas no dia 20 de novembro, com o objetivo de preencher as vagas que ficaram abertas com a saída dos cubanos. A decisão do país caribenho de sair do país foi tomada após Cuba citar “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Insuficiência de profissionais da saúde no Acre gera estado de calamidade
O governo do estado do Acre decretou situação de calamidade pública no serviço estadual de saúde por insuficiência de profissionais para atender à demanda. O anúncio foi feito por meio de um documento foi publicado na edição desta sexta-feira (15) do Diário Oficial do Estado
(DOE) e assinado pelo governador Gledson Cameli (PP).
A declaração apontou que, entre 2015 e 2018, mais de 600 servidores se aposentaram, 1,8 mil profissionais foram obrigados a se desligar e mais de 300 com contratos temporários vencidos foram exonerados “abruptamente”. Além disso, a abertura de 12 setores após concurso público de 2013/2014 também seria um dos motivos para haver falta de servidores na área, já que o aumento do número de unidades no Acre
teria aumentado a demanda por profissionais.
Com isso, o governo
do estado afirmou que a falta de profissionais teria causado “grave comprometimento” da execução dos trabalhos e serviços oferecidos. A partir de agora, a Secretaria de Estado da Saúde está autorizada a iniciar um processo seletivo, por tempo determinado, para a contratação de servidores, a fim de atender a necessidade temporária.
Nos próximos dias, a Sesacre (Secretaria de Estado de Saúde) deve agilizar e priorizar medidas administrativas, nas áreas mais prejudicadas pela situação, para que a prestação de serviços
de saúde estaduais sejam normalizados.
Segundo o Secretário de Saúde, Alysson Bestene, algumas cidades do interior não têm médicos e apresentam alto deficit em prestação de serviço. O secretário ainda apontou que a atual gestão vem enfrentando grandes dificuldades na área de saúde, após terem herdado uma dívida de R$ 67 milhões do governo anterior. A expectativa é de que o decreto ajude no abastecimento de alguns insumos, a fim de suprir as necessidades em um primeiro momento, em que o deficit é maior.