O médium João de Deus está sendo acusado pelo Ministério Publico de Goiás de ter cometido mais estupros de vulnerável
O médium João de Deus está sendo acusado em mais um processo, protocolado nesta segunda-feira (2), de abuso sexual por 11 vítimas diferentes. A ação foi aberta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
A promotora Renata Ribeiro, que integra a equipe de investigação, afirmou ao Metrópoles que quatro novos relatos ainda não prescreveram e vão ser levados para a Justiça. “Os casos ocorreram entre 2010 e 2016. As vítimas são do Rio Grande do Sul, Distrito Federal e duas da Bahia”, disse.
Ao todo, o Ministério Público de Goiás contabiliza 300 denúncias, entre as quais 144 são de acusações de abuso sexual contra vulnerável cometidos por João de Deus. Até o momento, 57 desses casos já estão aptos para seguirem ao julgamento, em 11 ações penais separadas.
O número elevado de casos, para a equipe de investigações, está associada com o fato de que João de Deus criava um ambiente propício para praticar os abusos.
“Além de explorar uma vulnerabilidade ínsita a essas vítimas que já estavam acometidas, explorava e intensificava a fragilidade fazendo ameaças espirituais com, por exemplo, promessas de que as vítimas sofreriam maus futuros”, disse a promotora.
O Ministério Público também deu entrada em um novo pedido de prisão preventiva contra João de Deus . A intenção é favorecer o aparecimento de novas vítimas que podem temer relatar os crimes.
Condenado
O médium João de Deus foi condenado a quatro anos em regime aberto no dia 7 de novembro, respondendo por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e de uso restrito. Ana Keyla Teixeira, esposa do médium , era ré no processo, mas foi absolvida.
Dois dos quatro policiais militares acusados de matar a engenheira Patrícia Amieiro foram condenados a três anos de prisão por fraude processual. Os outros dois PMs envolvidos no caso, Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira, foram absolvidos durante julgamento que terminou na madrugada desta quarta-feira (11).
Embora condenados por terem modificado a cena do crime, Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram inocentados da acusação de tentativa de homicídio contra Patrícia Amieiro e poderão recorrer em liberdade.
O julgamento começou na tarde de segunda-feira (9) no 1º Tribunal do Júri da Capital, no Centro do Rio, após ter sido adiado duas vezes neste ano. A primeira delas foi no dia 5 de setembro, quando o advogado de um dos réus não compareceu à sessão. O julgamento foi remarcado para o dia 26 do mesmo mês. No entanto, um dia antes, os advogados dos réus conseguiram uma liminar para adiar novamente a sessão, sob o argumento de que um deles, que era novo na defesa do caso, não teve tempo tempo de apresentar a lista das testemunhas de defesa.
Patrícia tinha 24 anos quando desapareceu voltando de uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul do Rio. Ela ia em direção à sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Na saída do Túnel do Joá, o carro dirigido pela engenheira foi alvo de uma série de disparos de arma de fogo . Os policiais Marcos Paulo e William Luís foram acusados de atirar por acreditarem que o motorista do carro era um traficante.
Ainda segundo a polícia, com os tiros, Patrícia perdeu o controle do veículo, que colidiu em dois postes e uma mureta. O carro da engenheira foi encontrado na beira do Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, com o vidro traseiro quebrado e o porta-malas aberto. O corpo da jovem nunca foi encontrado. Para a polícia e o Ministério Público, o corpo foi retirado do veículo e o carro jogado no canal pelos policiais para impedir que o homicídio fosse descoberto.
Em 2011, a Justiça declarou a morte de Patrícia Amieiro , alegando que, além de possuir vínculos estreitos com a família — eliminando a possibilidade de ela ter sumido espontaneamente — a situação em que o carro da jovem foi encontrado eliminava qualquer chance de que ela tivesse saído viva do veículo.