Incêndio deixou ao todo 120 pessoas desabrigadas na comunidade México 70, em São Vicente, São Paulo.
Um incêndio de grandes proporções atingiu nesta segunda-feira (2) 40 casas da comunidade México 70, em São Vicente , na Baixada Santista, em São Paulo. É possível ver a fumaça em diversos pontos da região.
O fogo teria se alastrado rápido e alcançado as moradias da Avenida Braisl, localizado na Vila Margarida. Uma mulher precisou ser socorrida por inalar fumaça. Ao todo, 120 pessoas estão desabrigadas.
Incêndio destrói casas e leva pânico à México 70, em São Vicente
Um incêndio atingiu 12 casas na comunidade México 70, em São Vicente, no início da tarde de hoje. O caso aconteceu na Avenida Brasil, na Vila Margarida. O Corpo de Bombeiros destacou nove viaturas para o pic.twitter.com/gizDgg1N45
“O fogo estava alastrando rápido demais. Os bombeiros demoraram cerca de 30 minutos pra chegar. Estava todo mundo chorando lá. É uma situação horrível. A mãe do rapaz que mora em frente à minha casa perdeu tudo . Uma tristeza”, disse ao G1 uma das moradoras da localidade, Elida Almaraz, de 55 anos.
Em nota, a prefeitura de São Vicente divulgou uma nota, na qual afirma que três das 120 pessoas que ficaram sem casa seguirão para um abrigo municipal. A mulher que foi socorrida pelo Samu, foi levada ao Hospital Municipal, localizado no Centro de São Paulo , com intoxicação por inalação de fumaça e crise hipertensiva.
arrow-options Alexandre de Azevedo/Prefeitura de Ribeirão Preto
Foram estimados 10 anos de acumulação de objetos na residência.
Dona Elídia de Oliveira , de 72 anos, agora tem roupas de cama lavadas, cama nova e televisão. Tudo isso após 10 caminhões de lixo serem retirados da sua casa, localizada em Ribeirão Preto, em São Paulo. Cerca de 20 ratos e cinco escorpiões foram mortos pelas equipes após serem encontrados no lixo acumulado.
Com a limpeza, todos os móveis, documentos e pertences da idosa e do filho foram jogados. Agora, ela conta com doações para refazer a vida e tem conquistado objetos novos. Foram cerca de 10 anos acumulando móveis quebrados, materiais recicláveis e até lixo doméstico dentro da casa. Por conta de uma denúncia do Comitê de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação que o caso de Dona Elídia foi solucionado.
“Ainda não fizemos tudo, mas só de lavar ficou lindo. Não tenho por que não estar feliz. Olha tudo isso que fizeram para mim! Agora, tem que conservar, senão, de que adiantou fazer tudo isso? É daqui para melhor, não pode parar”, afirmou o grupo ao G1.
O imóvel foi comprado na década de 1960 e alugado por anos, durante o tempo em que ela vivia com a mãe na casa do irmão. A residência só voltou a ser ocupada por Edília nos anos 2000, junto com o filho adotivo.
A compulsão por recolher e guardar lixo dentro de casa foi se agravando com os anos. A morte do marido foi um gatilho para que a idosa perdesse o controle, mesmo com os alertas dos filhos.
“Tinha pedido a Deus alguém para me ajudar, para a minha casa ficar, pelo menos, uma casa mesmo. Eu dizia: ‘meu Deus, não estou entendendo o que tenho que fazer, sozinha é tão ruim, se tivesse alguém para me ajudar seria tão bom’, e vieram”, disse a idosa.
Após a limpeza , o imóvel de dona Edília está sendo mobiliado a partir de doações . Dos dez caminhões de lixo que foram retirados da residência, dois estavam lotados de materiais recicláveis. A venda dos itens ajudou na arrecadação de dinheiro para comprar alimentos para a idosa, que também recebe valores do Benefício de Prestação Continuada (BPC).