Por meio de aplicativo de conversa, estudantes teriam combinado ataque como o que aconteceu em escola do interior de São Paulo, em março deste ano, quando 10 pessoas foram mortas
Uma escola do balneário de Guriri, em São Mateus, Região Norte do Estado, precisou reforçar a segurança após alunos ameaçarem um ataque à instituição de ensino. Em um aplicativo de conversa, os estudantes teriam planejado atacar o colégio, inspirados pelo massacre de Suzano (SP), que aconteceu em março deste ano e 10 pessoas foram mortas.
A Secretaria de Educação de São Mateus confirmou, em nota, o que chamou de “suposta tentativa de ataque” à Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Herinéia Lima Oliveira. Segundo a pasta, foram tomadas diversas medidas para reforçar a segurança no local.
Entre as medidas, os familiares dos alunos envolvidos foram convocados pela escola e comunicados da situação. Além disso, estes estudantes estão sendo devidamente acompanhados por profissionais.
A Polícia Civil foi comunicada do ocorrido e a direção registrou um boletim de ocorrência. A escola ainda protocolou no Ministério Público do Espírito Santo (MPES) as ações que foram tomadas e solicitou o acompanhamento do órgão.
Para garantir a segurança dos alunos, professores e funcionários, a Polícia Militar passou a acompanhar os horários de entrada e saída dos estudantes e a Guarda Patrimonial tem feito uma ronda no estabelecimento de ensino. Um guarda é mantido diuturnamente no portão.
A nota da secretaria salienta que “todos os órgãos acionados pelo município estão cumprindo o seu papel de acompanhar, apurar e elucidar tal situação, bem como desarticular esta ou qualquer outra ação”.
Além disso, a pasta afirma que a escola continua sendo um local seguro para seus estudantes e profissionais, e solicita que os familiares dos alunos que queiram mais informações procurem a direção escolar.
INVESTIGAÇÕES
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar disse que movimenta, junto com a prefeitura, as instituições que podem auxiliar na resolução do conflito, como o MPES e a Polícia Civil. A PM atua preventivamente, de forma ostensiva, nos horários de maior fluxo de pessoas. Uma viatura faz ponto base no horário de entrada e saída dos alunos.
Já a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) de São Mateus. Informações adicionais ainda não foram passadas para não atrapalhar a apuração do fato.
(*G1)