Dólar nas alturas é deixado de lado pelo governo, mas assusta investidores e adia retomada da economia
O dólar nas alturas sinaliza o descrédito do Brasil junto aos investidores externos. O receio no meio dessa turma é crescente. Algumas das decisões e principalmente as posições políticas do atual governo têm espantado o capital internacional. As inversões em moeda estrangeira estão caindo rapidamente e o fluxo se invertendo, com maior saída do que entrada. A fuga de dinheiro foi substancial nas últimas semanas e se acelerou de dias para cá. A simples possibilidade de se observar a um ministro da fazenda falando em medidas de exceção como as do AI-5 reforçaram o temor geral de risco para aplicações. E, como se sabe, o capital não suporta desaforos.
O tido como liberal da economia Paulo Guedes foi capaz de fazer essa barbeiragem inominável não intramuros de seu gabinete ou em rodas fechadas de assessores. Ele trombeteou o comentário infeliz em um colóquio internacional. Para o público do mundo inteiro ouvir e saber. Onde estava com a cabeça? Antes dele, o filhote Dudu Bolsonaro, pretenso candidato a chanceler em Washington, também vocalizou a mesma bobagem. É natural que candidatos a aposta no futuro do Brasil fiquem com um pé atrás diante disso.
O capitalismo ainda relembra o trauma que foi, por exemplo, governos como o de Cuba ou da Venezuela, que da noite para o dia tomarem tudo – fábricas, instalações tecnológicas, estruturas privadas – de quem desembolsou milhões ali para o desenvolvimento local e (evidentemente) para angariar lucro. Os regimes, nesses casos, eram de esquerda. Mas o radicalismo cabe nas duas direções, à esquerda e à direita, com o mesmo efeito desastroso. E eis que o Brasil parece, nos últimos tempos, se apresentar mais radical que nunca.
Ou é cabível imaginar que um governo que incita o próprio povo contra poderes constituídos como o STF e o Legislativo, faz pouco caso de leis e princípios e ainda adota decretos extremos como forma de comandar, não passou dos limites? O clima de desconfiança que paira sobre a América Latina , toda ela encalacrada – Argentina, Venezuela e Bolívia à frente – só reforça a impressão.
Diante da notória e perigosa disparada do câmbio – a maior da história frente ao real – o presidente Bolsonaro achou por bem lavar as mãos e dizer que deu carta branca ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao czar Guedes para juntos cuidarem do assunto. Perdidos e ainda sem um plano concreto para fazer frente à disparidade de cotações que não paira de crescer, ambos pareciam mais perdidos que cego em tiroteio. O câmbio precisa ser urgentemente resolvido. Até aqui ele está funcionando como um mau presságio de que as coisas não andam como esperado.
Walmart se desculpou por vender suéter de Papai Noel com cocaína
A comercialização de um suéter natalino de gosto duvidoso gerou problemas a uma rede de supermercados no Canadá. A peça, que representava um Papai Noel com cocaína, ficou conhecida após passar a ser vendida no site do Walmart, que se desculpou após a repercussão e retirou o produto do catálogo. Além desse, outros itens foram retirados da lista.
“Esses suéteres, vendidos por um vendedor de terceiros no Walmart.ca, não representam os valores do Walmart e não têm lugar no nosso site. Removemos esses produtos do nosso mercado. Pedimos desculpas por qualquer ofensa não intencional que isso possa ter causado”, disse um porta-voz da empresa ao Global News Canada .
O suéter que gerou a repercussão negativa e a retirada de produtos do site do Walmart mostrava um Papai Noel sentado no sofá com três linhas de substância branca em uma mesa à sua frente. Em seu suéter, havia a frase em inglês “let it snow”, ou seja, “deixe nevar”, em alusão à cocaína.
A descrição da peça explicou a relação com a cocaína : “Todos sabemos como a neve funciona. É branco, pulverulento e a melhor neve vem diretamente da América do Sul”.
Outros produtos removidos do site do Walmart mostravam o símbolo natalino em situações comprometedoras, como em outro suéter em que o Papai Noel era apresentado sem as calças em uma privada, fazendo massagem e assando as “castanhas” em frente a uma lareira.