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Décimo terceiro salário injetará R$ 3 bilhões na economia do Estado

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VITÓRIA – O 13º salário já foi sinônimo de presentes de Natal e gastos com férias de para os brasileiros. Mas, há alguns anos isso já não é mais uma realidade para todos e, a partir do início da crise econômica nacional, em meados de 2014, as prioridades com o aditivo passaram a ser outras. Sobretudo relacionadas às dívidas.
O número de capixabas inadimplentes e de famílias endividadas no Espírito Santo só vem crescendo durante o ano de 2016. De acordo com pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) em novembro, 68,8% (87 mil ) das famílias capixabas estão endividadas. Já a inadimplência atingiu o maior percentual de toda a série histórica iniciada em 2010, chegando a 37,4% das famílias que possuem contas ou dívidas em atraso.
Apesar da estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) de que o 13º salário injetará R$ 196,7 bilhões na economia brasileira – dos quais cerca de R$ 3 bilhões só no Espírito Santo. E, se os endividados seguirem os conselhos de especialistas, esse aditivo deve ser utilizado, prioritariamente, para pagar as dívidas, sobretudo aquelas que estão em atraso e acumulando juros.
O economista especialista em finanças pessoais e professor universitário, Laudeir Frauches, explica que, diante das incertezas da economia brasileira, a dica é montar um orçamento, identificar as dívidas e juros que tem maior peso, e saná-las. “Não existe aplicação financeira que dê um retorno para cobrir os juros cobrados do devedor, portanto o endividado precisa fazer dever de casa: montar um orçamento e identificar as dívidas e juros que tem maior peso. Orçamento implica não só saber receita e despesas, mas também saber despesas que vão acontecer no futuro. A ideia de procurar um banco e renegociar a dívida é boa, mas não pode se esquecer de que janeiro e fevereiro chega um tsunami de dívidas, como IPTU, IPVA, imposto de renda, material escolar, entre outros”, explica o economista.
Contas em dia
Frauches afirma ainda que a crise pode ter um fator purificador e pedagógico nos gastos familiares e na forma como utilizar o 13º. Para ele, já passou da hora de as famílias pararem de viver em um status irreal, gastando mais do que podem, para começar o ano com as contas em dia e viverem de acordo com a sua realidade financeira.
“Nos últimos tempos subiu muito o nível da aspiração da sociedade brasileira, mas baseada em crédito e não em renda. Com a crise, o crédito sumiu. A crise obriga pessoas a fazerem mudanças, muitas vezes extremamente dolorosas, como a realidade do empobrecimento, cair de status. O que está acontecendo com o brasileiro é que ele está saindo da ilusão, de viver acima das possibilidades. O presente, este ano, pode ser de outra forma. Por exemplo, juntar os irmãos e dar um presente único para os pais”, exemplificou o economista.
Para a doutora em economia e professora da Fucape, Arilda Teixeira, muito mais do que utilizar o 13º para pagar as contas atrasadas, a grande lição que a crise vem ensinando é a reflexão sobre o que levou a família a acumular dívidas e a mudança de atitudes com relação ao gasto do dinheiro no ano que vai iniciar.
“Se a dívida está dificultando, a melhor coisa que se faz é pagá-la para que nos próximos meses esse dinheiro possa ser utilizado de uma forma mais racional. As pessoas precisam olhar para trás e ver o que levou elas a se endividarem. Se foi uma situação imprevista, que não tinha como não gastar, é uma coisa. Agora, se se tiver sido por descontrole, é preciso olhar pra trás e ver como situação está incomodando ela. E perceber que é muito melhor comprar pouco do que ficar angustiado por conta de gastos que as pessoas não podem cumprir”, analisou a economista.
PRSENTECriatividade no presente
Mesmo na crise, fica difícil em uma época festiva como o Natal deixar de presentear os entes queridos. E nessa hora, a criatividade e as intenções podem contar mais. O economista Laudeir Frauches sugeriu que os familiares possam se juntar para dar presentes em conjunto. Já a doutora Arilda Teixeira, entendendo o momento delicado das famílias capixabas, sugere que os presentes sejam criativos baseados no verdadeiro simbolismo do Natal.
“Que predomine na mente dessas pessoas o espírito do Natal, que é o da fraternidade e da amizade. Então presente é um simbolismo de uma lembrança. Não está escrito dentro das festividades que tem que ser um gasto alto, que a gente não pode, para dar presente”, sugere a economista.
A analista de RH Ludmila Barbosa, 28, que também trabalha de forma autônoma vendendo doces, afirmou que o seu 13º salário está todo comprometido com o pagamento da faculdade de seu marido e uma dívida. Por isso, está buscando soluções alternativas e criativas para não deixar o apreço pelos seus entes passar em branco.
“Vou dar lembrancinhas para a família do meu marido (sogros) e faremos doces juntos com os primos e irmão do meu marido como uma forma de passar tempo juntos. E pretendo dar uma caixinha pequena de doces como agradecimento”, disse Ludmila.
Já a jornalista Amanda Tito, 30, vai guardar o 13º salário e o presente será mais simbólico. “O clima de instabilidade política me deixa insegura. Em outros tempos, aproveitava para viajar e presentear pessoas próximas. Neste ano estou pensando em criar um calendário de mesa com algumas fotos antigas da família, para ficar bem original, aproveitando os meus dotes publicitários”, disse.
Fecomércio-ES: presentes até R$ 100
Para o diretor da Fecomércio-ES, José Carlos Bergamin, na hora de comprar a palavra chave para o consumidor é “segurança”. Por isso, apesar das equipes de venda estarem menores, os vendedores estão mais qualificados para atender o consumidor. “Só tomamos decisão de comprar bem o produto se estamos seguros da sua necessidade, se é rigorosamente importante no que ele se propõe a ser. O valore real do produto, a sua relevância, é que conta”, afirmou o diretor.
De acordo com Bergamin, os consumidores já postergaram demais as compras para este ano e tendem a consumir no Natal, mesmo em meio à crise. Por isso ele afirma que o setor está preparado para oferecer os produtos que os consumidores “querem e podem comprar hoje”.
“São os produtos do uso mais cotidiano, como vestuário, calçado, cosméticos e cuidados pessoais, alimentos e pequenos presentes que não ultrapassem os R$ 100. Isso conseguimos fazer, pois indústria também passa dificuldade e precisa escoar produtos. Apesar da inflação de 9%, os produtos não vão estar mais caros. Estamos nos esforçando para dar parcelamentos de até cinco vezes, que faz pelo cartão de crédito o preço de à vista. Nosso esforço é de manter o faturamento, não fechar lojas e não desempregar mais. Como em 2015, nós não estamos atrás de margem de lucro. O negócio, hoje é não perder”, concluiu.

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