A contratação das obras de macrodrenagem do Canal do Rio Marinho foi pauta da reunião de audiência pública da Comissão de Infraestrutura que aconteceu na noite de terça-feira (27). O colegiado reuniu comunidade e autoridades locais na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Jorge, em Cariacica, para debater a situação dos moradores que convivem há anos com os problemas causados pela estrutura inadequada do canal.
De acordo com a subsecretária de Estado de Desenvolvimento Urbano do Espírito Santo (Sedurb), Zilma Peterli Lyra, os recursos para a construção das estruturas estão garantidos. Ela explicou que as licitações foram preparadas em 2020, mas a chegada da crise sanitária fez com que as empresas aumentassem os valores e, com isso, o edital precisou ser refeito.
“A licitação já está na rua. Hoje (27) saiu o edital e a nossa expectativa é que no final de agosto possamos dar a ordem de serviço. O custo total da obra é de R$ 250 milhões. Mas a pandemia de Covid-19 elevou esse valor e os preços ficaram exorbitantes por causa da pandemia”, alegou.
Zilma afirmou que a estrutura a ser construída aumentará a capacidade de escoamento da água na extensão do canal, mesmo em épocas de chuvas intensas. A gestora informou que, além disso, um dique será construído paralelamente a uma das estações de bombeamento.
“Esperamos que agora venha uma empresa boa para realizar a obra. O mais importante de uma drenagem é a água ter por onde escoar. Por isso serão construídas duas estações de bombeamento, com oito bombas cada uma. Elas estarão localizadas ao lado do dique e na saída da baía de Vitória. Os equipamentos estarão constantemente ligados durante períodos chuvosos e contam com um sistema que garante seu funcionamento mesmo em caso de falta de energia. É um sistema automatizado, com sensor de nível com desligamento automático em caso de cheia do canal”, explicou a subsecretária.
O presidente do colegiado, deputado Marcelo Santos (Podemos) falou sobre a intervenção. Ele informou que um novo encontro será realizado em algumas semanas para apresentar o projeto e debater novos pontos.
“A capacidade das estações que serão construídas é bem maior do que temos hoje em Vitória. É a maior da América do Sul, justamente para enfrentarmos esse problema das chuvas. Com a mudança do edital esperamos conseguir empresas capazes de realizar as obras. Essa é uma obra de Estado, com dinheiro já previsto em orçamento e recurso garantido. O que falta é finalizar a parte burocrática e iniciar as obras”, disse.
“É uma obra muito esperada pelos moradores dessa região que sofrem com enchentes e outros problemas como sujeira no canal”, disse o proponente do encontro, vereador Juares Gonçalves Valadão (PMN).
Fonte: Assembléia Legislativa do ES